Conselheiro admite regresso de Alexandra
Diário de Noticias
(31 Maio)
Nikolai Svanidzé, membro da Câmara Social, órgão que aconselha o Presidente russo, diz que se a mãe biológica tratar mal Alexandra, a menina deve ser entregue aos pais portugueses.
Nikolai Svanidzé, um dos mais conhecidos membros da Câmara Social - órgão consultivo para Direitos Humanos e Questões Sociais do Presidente da Rússia - considera que no "caso Alexandra" os interesses da criança devem ser postos acima do "ponto de vista estatal-patriótico".
"'Vencemos Portugal, a criança irá ser educada no nosso país.' Considero que aqui não se deve pensar em que país deverá ser educada a menina, mas pensar nela. E se lá os pais eram normais e aqui as condições forem realmente horríveis e a mãe for alcoólica...
Se esta for tão desequilibrada e tão terrível no tratamento com a criança ao ponto de ser necessário privá-la dos direitos maternais, então isso deve ser feito e a menina deve ser entregue aos pais portugueses", considera Svanidzé.
Este conhecido jornalista e historiador russo critica a posição daqueles que defendem que Alexandra deve viver na Rússia, mesmo que em condições difíceis. Nikolai Svanidzé afirma que a Câmara Social irá acompanhar o caso, mas não exclui a possibilidade de isso ser insuficiente.
"Pensa que as pessoas, toda a nossa respeitada Câmara Social, da qual sou membro, irão constantemente à terra onde vive a criança para verificar em que condições ela vive?", interroga Svanidzé.
"Penso que temos forças e braços compridos, incluindo da Câmara Social, para acompanhar este caso. Mas se não se conseguir privar a mãe dos direitos maternais e ela continuar a humilhar a criança... pobre criança", acrescentou. Nikolai Svanidzé reconhece que o problema da adopção na Rússia é um "problema terrível".
"Todos nós falamos dos americanos que maltratam as nossas crianças por eles adoptadas. Se se comparar a percentagem de maus tratos em relação às nossas crianças nas famílias americanas e a percentagem de maus tratos e de mortes de crianças nas nossas famílias biológicas, para já não falar das famílias de acolhimento, a percentagem, falando suavemente, não nos é favorável", sublinhou.
"Trata-se de um problema ético, moral. A situação das crianças é pesadíssima, temos um baixo nível de responsabilidade paternal. Semelhantes situações são analisadas, no nosso país, do ponto de vista estatal-patriótico", lamentou.
Continua: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1249316&seccao=Norte
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