quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ambiente: países ricos e pobres criticam ONU «Tratado deveria ter mais equilíbrio», afirma Ibrahim Mirghani Ibrahim


Países ricos e pobres mostram-se de acordo nas críticas ao primeiro esboço do sucessor do Protocolo de Quioto, o novo tratado climático da Organização das Nações Unidas (ONU).

No entanto, foi aceite como ponto de partida para os seis meses de árduas negociações. Recorde-se que o Tratado de Quioto expira em 2012.

«Estamos um pouco desanimados com a forma como está estruturado», afirmou ,Jonathan Pershing, chefe da delegação norte-americana na conferência em Bona, citado pela Reuters.

Esta conferência, que reúne 180 países entre os dias 1 e 12 de Junho, serve como reunião preparatória para a conferência de Copenhaga, em Dezembro.

«Texto deveria ter mais equilíbrio»

Segundo Ibrahim Mirghani Ibrahim, do Sudão,«o texto deveria ter mais equilíbrio». Ibrahim falou em nome dos países em desenvolvimento, entre eles China e Índia. No entanto, Ibrahim afirmou que «esta sessão representa um ponto de viragem» visto que, pela primeira vez, são discutidos documentos formais e não apenas ideias.

O esboço do protocolo propõe que seja destinado 2% do PIB dos países ricos para ajudar os países pobres a lidar com o aquecimento global. Os países ricos sugeriram medidas com as quais os países pobres poderiam reduzir as emissões de gases do efeito estufa.

«O facto de estar a ser criticado por todos talvez signifique que, afinal de contas, é equilibrado», comentou um delegado.

Alterações climáticas

Os EUA afirmam que o texto favorável aos interesses dos países em desenvolvimento e lamenta que não tenha um preâmbulo onde esteja escrito que todos os países terão de agir contra as alterações climáticas.

Os países em desenvolvimento queixam-se que há paginas a mais sobre as possíveis acções que estudam os cortes de emissões de gases pelos países ricos.

O texto encontra-se cheio de espaços brancos para serem preenchidos com os compromissos de todas as partes.

Do lado de fora, activistas da organização Greenpeace vestidos de homens da neve, árvores, ursos polares e camelos avisaram os delegados dos riscos das alterações climáticas.

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