quarta-feira, 3 de junho de 2009

Destroços são do voo 447 da Air France Brasil decreta três dias de luto nacional pelas 228 vítimas





ACTUALIZADA ÀS 00:30 de 3 de JUNHO

A Força Aérea Brasileira anunciou a chegada ao país de dois especialistas franceses para investigarem as causas do acidente com o voo 447, da Air France, que se despenhou a cerca de 700 quilómetros do arquipélago Fernando de Noronha, matando os seus 228 passageiros, refere a «Folha Online». As investigações ficam a cargo do governo francês, já que o Airbus A-330 foi registado neste país.

A Aeronáutica informou que um avião R-99 fará as buscas até o final da noite de hoje na região. Durante a madrugada, três aeronaves C-130 Hércules continuarão a procurar o avião da Air France.

Entretanto, o Presidente em exercício, José Alencar, anunciou esta terça-feira, três dias de luto nacional, iniciados hoje, pelas 228 vítimas do acidente com o aparelho da Air France.

O anúncio foi feito poucas horas depois de o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ter confirmado que os destroços encontrados pela Aeronáutica, a 740 km do arquipélago de Fernando de Noronha, eram do Airbus-A330 da Air France. Não há notícia de sobreviventes

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«Não há dúvida» de que os destroços localizados pela Força Aérea Brasileira a flutuarem no oceano Atlântico pertencem ao avião da Air France, que desapareceu na madrugada de domingo para segunda-feira, com 228 pessoas a bordo.

O facto de ter sido encontrado materiais metálicos e não-metálicos numa faixa de 5 km é «suficiente» para comprovar que o Airbus caiu na costa brasileira, referiu.

Jobim fez o anúncio numa conferência de imprensa, após visitar os familiares das vítimas num hotel do Rio de Janeiro.

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Segundo a Air France, a lista oficial com os nomes dos ocupantes do avião deve ser divulgada esta quarta-feira, mas alguns familiares já pediram que os nomes dos seus parentes não sejam divulgados.

De acordo com a empresa, 58 brasileiros, 61 franceses e 26 alemães estavam na aeronave. Ao todo, havia ocupantes de 32 nacionalidades no avião.

A Aeronáutica do Brasil identificou esta manhã manchas de óleo e de sinais metálicos do aparelho que desapareceu no domingo durante o voo Rio de Janeiro - Paris. A Reuters avançava que a Força Aérea detectou ainda cadeiras de avião e uma bóia.

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Os sinais metálicos e as manchas de óleo situam-se perto do arquipélago de São Paulo e de São Pedro. O local referenciado coincide com a zona indicada por um piloto da companhia TAM que diz ter visto sinais laranja, que poderiam ser fogo.

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O Airbus da , descolou do Aeroporto Tom Jobim no domingo, por volta das 19 horas locais. A companhia informou que por volta das 23 horas de Brasília, o aparelho atravessou «uma zona com forte turbulência». O avião emitiu ainda um alerta automático de problemas no circuito eléctrico e de despressurização.

Imagens de satélite dão conta de uma forte tempestade na rota do avião, com a presença das temidas nuvens cumulus nimbus. Uma falha poderá ter conduzido o avião em direcção à tempestade.

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