terça-feira, 2 de junho de 2009

Casal de Barcelos quer abrir café para a mãe de Alexandra

Casal de Barcelos quer abrir café para a mãe de Alexandra

João Pinheiro disse durante um protesto da comunidade russa estar disposto a investir num café em Braga para dar emprego a Natália Zurubina e trazer Alexandra para Portugal.

O casal João Pinheiro e Florinda Vieira está disposto a abrir um café para a mãe biológica da Alexandra, de modo a que as duas regressem a Portugal. "Abro um café, em Braga, onde a Natália Zarubina possa trabalhar", disse ao DN João Pinheiro, durante uma manifestação, em Braga, a defender o regresso da criança.

O casal faz de tudo para que a "filha que tanto ama" regresse, porque, garante, "a menina está a sofrer". A mãe afectiva, Florinda Vieira, disse não aguentar de cada vez que recorda "os gritos dela na Segurança Social". Mais, "passei muitas noites sem dormir e temos de lutar por ela".

Com eles sofrem também as crianças do infantário de Barcelos que a menina frequentou, garantiu a educadora de infância Ana Taveira. "Ela era sociável e brincava com os outros meninos que perguntam por ela." Por tudo isto, o infantário vai organizar uma vigília na próxima sexta-feira, em Braga.

Mas já ontem dezenas de cidadãos russos e ucranianos a viver em Portugal manifestaram a sua "revolta" pelas "acusações mentirosas" da mãe da menina, Natália Zarubina, contra a família com quem a criança viveu.

"Ajudem a Xaninha a regressar à família que a ama" e "Queremos o bem-estar da pequena Alexandra" escrito em faixas de pano e em cartazes foram bem elucidativos do sofrimento que o casal João Pinheiro e Florinda Vieira está a viver. A dor deles contagiou dezenas de pessoas que se manifestaram no centro de Braga.

As comunidades russas e ucranianas, além de dezenas de portugueses, mostraram a sua "revolta" com "as acusações mentirosas" da mãe biológica da Alexandra contra o casal português que a criou durante quase cinco anos depois de uma alegada denúncia de maus tratos.

"Porque mente a Natália", questionou a ucraniana Nadiya Youzinkevech que conhece a mãe biológica há sete anos e viu "a má vida que ela levava". O pior, denunciou, "é que ela vai bater outra vez na menina e abandoná-la, pois, em Portugal, ela já a deixava sozinha de noite".

A cidadã russa Elena Drogalina, uma das organizadoras da manifestação, disse que "é importante limpar o nome do casal português que foi manchado pela Natália na Rússia". E desabafou: "A Natália é que só diz mentiras. É um monstro."

Já Alexandre Afanasiev, um médico de nacionalidade russa, queimou publicamente o seu passaporte russo como forma de protesto contra a retirada da menina ao casal e pela "vergonha de ser russo". "Existe censura pela máfia russa", acusou, denunciando que "foi tudo um grande braço de corrupção com dinheiro do Governo russo".

Alexandre Afanasiev garante que irá ter acesso a imagens de Natália e da filha que não passaram na televisão russa porque foram censuradas.


Diário de Notícias - 1 de Junho de 2009

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